sexta-feira, 11 de setembro de 2009

SURGE O RAPPA

A decisão sobre o nome da banda envolveu opções como "Cão-careca" e "Bate-Macumba". O nome escolhido - O Rappa - vem da designação popular dada aos policiais que interceptam camelôs, os rapas. Com um p a mais para diferenciar, o nome foi escolhido. Um exemplo de a palavra rapa ser aplicada aos caçadores de camelôs pode ser encontrado na música "Óia o rapa!" na composição de Lenine e Sérgio Natureza, gravada pela banda no CD Rappa Mundi. E finalmente, com Falcão na voz, Marcelo Yuka na bateria, Xandão na guitarra, Nelson Meireles no contra-baixo e Marcelo Lobato no teclado, estava formado O Rappa. Em 2001, o baterista Marcelo Yuka foi vítima direta da violência urbana, ao ser baleado durante tentativa de assalto, ficando paraplégico e assim impossibilitado de tocar bateria. Lobato assumiu o instrumento (deixando para seu irmão Marcos Lobato, contribuinte d'O Rappa, os teclados, este não entrou oficialmente para a banda) e O Rappa voltou a tocar. Mesmo debilitado, o baterista voltou ao grupo e no mesmo ano lançaram o disco Instinto Coletivo ao vivo, com um show gravado em 2000, ainda com Yuka na bateria e três inéditas de sua autoria. Yuka desligou-se d'O Rappa deixando inimizade com os outros companheiros, alegando ter sido expulso por não concordar com o novo rumo que a banda vinha seguindo. Yuka fundou outro grupo, F.ur.t.o (Frente Urbana de Trabalhos Organizados), que faz parte de um projeto social homônimo, que, segundo Yuka, era algo maior do que O Rappa o possibilitava. Em 2003, O Silêncio Q Precede O Esporro, primeiro álbum sem ligação com Yuka foi lançado. Sem as letras de Yuka, Marcos Lobato, tecladista colaborador, tornou-se o principal compositor com a autoria de diversas músicas de sucessos como Reza Vela e Rodo Cotidiano. Em parceria com Carlos Pombo compuseram O Salto, com letra forte em relação ao resto do disco, mais ameno sem as letras de Yuka. Em seguida foi lançado o DVD homônimo, gravado ao vivo no Olimpo - Rio de Janeiro.

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